Valorização do Ouro em Outubro

A Bolsa da Valores apresentava um desempenho espetacular, tinha dias em que não importava a ação que você tivesse, a diferença seria se você ganharia mais ou menos. Pois é, infelizmente esse quadro de euforia e de ganhos não durou muito. Após sucessivas altas, a Bolsa de Valores mostrou grande instabilidade, apresentando quedas e quedas sucessivas, terminando o mês com leve variação de 0,05% para mais. Nesse quadro de instabilidade, o material que ganhou destaque foi o ouro, apresentando alta de 3,2% no mês, superando em muito a Bovespa. Investimentos tradicionais como o CDI e o CDB também ficaram a frente da Bolsa com variações positivas de 0,69% ambos.
Entretanto isso são dados de outubro, em uma comparação anual de performance, o Bolsa lidera com valorização de 63,9%, enquanto o ouro, modestamente, fica no seu singelo canto lamentando sua desvalorização em 7,27%.

Suspiro da Economia americana

Após ser o centro das atenções na crise economica que sucedeu, os EUA finalmente estão reagindo positivamente. Fincados na recessão econômica, essa nação demonstrou fôlego para sair dessa situação, apresentando um crescimento de 3,5% no terceiro trimestre em comparação ao trimestre anterior, superando as expectativas que beiravam os 3,3%. Não podemos deixar de elogiar aqui o trabalho do governo norte-americano, uma vez que essa recuperação foi proporcionada por injeções de investimentos na economia. Moradias, industrias, bancos, comercio, diversos setores se beneficiaram das ações governamentais na ecomia, esta regida pelo famoso efeito dominó: uma simples peça pode causar efeitos colaterais (nesse caso positivos ou negativos) nas demais. Se uma crise ocorre em um setor, outros demais irão ser atingidos, da mesma forma que se houver um incremento em um setor, os demais se beneficiarão.
Os investimentos elavancaram o aumento dos gastos dos consumidores (mais de 2/3 da atividade americana), exportações e importações, sem contar com o crescimento expressivo de 23,3% na area de investimentos residenciais, que anteriormente atuou como o estopim da crise internacional.
Resumindo, com as coisas indo bem, as pessoas e empresas compram e vendem mais, o que gera mais impostos, mais ganhos, mais dinheiro circulando no mercado, acarretando assim em maior crescimento.

As fortes quedas da Bovespa anulam as altas do mês.

Após consecutivas altas, o mercado sentia-se bastante confortavel com a situação favorável, entretanto como o mercado de ações é um mundo de altos e baixos, esse quadro de altas mudou radicalmente nos últimos dias. A Bovespa vem operando em fortes quedas, fazendo com que os ganhos obtidos no mês fossem zerados. No melhor momento de outubro, a Bovespa chegou a ter crescimento total de 9,3%, fato modificado pelas sucessivas quedas que decorreram.
Toda essa especulação que envolveu a bolsa de valores é um reflexo do que vem acontecendo lá fora. Após o governo americano divulgar pesquisa, aonde se tem a informação de que a venda de moradias nos EUA caíram 3,6% na passagem de agosto para setembro, fato que não ocorria desde março. Todos sabem que foi o problema da hipoteca norte-americana que elavancou o processo da crise de um ímpeto furioso e devastador que varreu do mapa várias instituições financeiras, deixando assim profundos problemas em diversas economias do globo. Logo, quando juntas  as palavra MORADIA, INADIMPLÊNCIA e CRÉDITO, forma-se um verdadeiro turbilhão de preocupações, bastando um simples anuncio relativo ao tema provocar baixas nas bolsas de todo o mundo.

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